Sobre a obra: Crime e castigo
Uma novela policial que ultrapassa de longe a fronteira de seu gênero. Um estudante de direito sem dinheiro, inquilino de uma agiota, com uma irmã à beira de um casamento por interesse e uma mãe passando necessidades. O fermento para um possível crime está armado e é nesse drama que mergulha o personagem Rodion Raskolnikov.
A cada capítulo, uma revelação e um mote para um dos debates mais antigos da humanidade: existe o direito de matar?
Publicado em 1866, o livro "Crime e Castigo" foi sucesso imediato na Rússia e acabou alcançando rapidamente o status de um dos clássicos da literatura mundial.
Sobre o autor: Dostoiévski
No dia 11 de novembro de 1821, em Moscou, nasceu Fiódor Mikhailovich Dostoiévski, um dos mais célebres escritores da humanidade e considerado um dos pais do existencialismo. Estudou em escola militar e tinha epilepsia, à semelhança do escritor brasileiro Machado de Assis.
Tradutor e desenhista, foi preso por agitação social em 1849 e condenado à morte. Já no patíbulo, prestes a ser enforcado, a sua pena foi comutada por quatro anos em um presídio na Sibéria.
Aclamado em vida pela crítica literária da época, Dostoiévski morreu no dia 9 de fevereiro de 1881 em São Petesburgo.
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Fonte:http://www.livroclip.com.br/index.php?acao=hotsite&cod=6#
Comentário “EducaRede”
Uma das obras mais conhecidas de Dostoiévski, esse livro conta a história de Raskólnikov, um jovem estudante de São Petersburgo (Rússia) que abandona a faculdade por falta de dinheiro. A família e amigos convivem com a miséria e a falta de perspectiva, tendo de submeter-se a situações humilhantes para sobreviver. Para se manter, Raskólnikov apela para a penhora de pequenos objetos de estimação familiar que negocia com Aliena Ivanóvna, uma velha e impiedosa usurária.
Homem extremamente sensível e erudito, Raskólnikov cria a teoria do crime permitido, baseado em uma divisão das pessoas em “ordinárias” e “extraordinárias”. Ao analisar os grandes assassinos da História, entre os quais inclui Napoleão, chega à conclusão de que certos assassinatos, quando executados por pessoas “extraordinárias”, acabam beneficiando a sociedade. Decide, com base nessa teoria própria, fazer um bem à sociedade matando a velha usurária que o explora.
Todo o livro, então, passa a contar o sofrimento do nosso herói, advindo da idéia desse assassínio. Muitos personagens se mesclam à trajetória de Raskólnikov, e a interação entre eles se dá por uma das marcas do estilo de Dostoiévski, a polifonia. Trata-se de uma engenhosa arquitetura de vozes que se provocam, sondam-se mutuamente, antecipam réplicas.
Crime e Castigo foi escrito na fase madura do escritor, cujas reflexões filosóficas e experiência literária aparecem em sua melhor forma. A única tradução do livro direta para o português do Brasil saiu em 2001, pela editora 34. Mas há várias outras boas traduções para a nossa língua.
Fontes consultadas
Café Dostoiévski: http://www.cafedostoievski.pop.com.br/dostoievski/index2.html, visitado em 08/02/2006.
BEZERRA, Paulo. “Nas sendas de Crime e Castigo”. In: Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévisk, São Paulo: Editora 34, 2001.
ARBAN, Dominique. Dostoievski. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1989.
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